Como Zuckerberg pretende curar e prevenir todas as doenças até o final deste século

A Chan Zuckerberg Initiative (CZI), criada por Mark Zuckerberg e sua esposa Priscilla Chan, tem uma missão audaciosa: "curar, prevenir ou gerenciar todas as doenças até o final deste século". Para isso eles estão investindo pesado em tecnologia e anunciaram a construção de um sistema de computação que utilizará IA para estudar células humanas e doenças. Este sistema rodará modelos de IA abertamente disponíveis e será treinado em conjuntos de dados de várias fontes, incluindo o software CZ Cell x Gene, o Chan Zuckerberg Biohub Network e o Chan Zuckerberg Institute for Advanced Biological Imaging.

Desde 2016, a CZI tem apoiado pesquisadores em todo o mundo na geração e anotação de dados sobre células e seus componentes. A iniciativa também criou ferramentas para integrar esses grandes conjuntos de dados e torná-los amplamente disponíveis para a comunidade científica. Um exemplo é o OpenCell, que mapeia a localização de diferentes proteínas em nossas células. Além disso, modelos de aprendizado de máquina como o Geneformer e o scGPT estão sendo usados para explorar grandes volumes de dados sobre genes e células. A idéia ambiciosa é emular o funcionamento de células e um dia realizar testes científicos em ambientes virtuais, podendo projetar como seria ação de um tratamento ou a evolução natural de uma doença dentro de uma célula.

Novas Descobertas

A utilização desses dados já resultou em descobertas significativas. Por exemplo, uma equipe de pesquisa identificou que o gene defeituoso relacionado à fibrose cística é expresso por um tipo de célula nunca antes visto. Outra descoberta relevante foi a identificação das células respiratórias mais vulneráveis ao SARS-CoV-2. Essas descobertas são o primeiro passo para o desenvolvimento de tratamentos para diversas doenças.

Importância da Diversidade Étnica

Um dos aspectos mais notáveis da iniciativa da CZI é o esforço para tornar os dados o mais representativos possível, incorporando amostras de tecidos de pessoas de diferentes origens raciais, étnicas e ancestrais. Isso é crucial para garantir que as descobertas científicas beneficiem a todos, e não apenas a uma parcela da população. A inclusão de dados pediátricos e de diferentes grupos étnicos, como negros, latinos, asiáticos do sudeste e indígenas, enriquece o escopo da pesquisa e a torna mais abrangente.

Investimento em Poder Computacional

A CZI está construindo um gigantesco cluster de computação de alta performance com mais de 1000 GPUs H100 para desenvolver novos modelos de IA treinados em diversos grandes conjuntos de dados sobre células e biomoléculas. A longo prazo, este poder computacional permitirá aos cientistas simular todos os tipos de células em estados saudáveis e doentes, e consultar essas simulações para entender fenômenos biológicos complexos.

Fonte: https://www.technologyreview.com/2023/09/19/1079261/czi-ai-cell-disease/

Tenis é considerado o melhor esporte para longevidade

Diversos estudos reforçam a ideia de que jogar tênis é uma ótima pedida para aumentar sua expectativa de vida. Uma pesquisa abrangente de 25 anos conduzida pelo Copenhagen City Heart Study (CCHS) e publicada no Mayo Clinic mostrou que o tênis lidera o ranking quando o assunto é longevidade. O estudo acompanhou 9.000 participantes e descobriu que aqueles que praticavam tênis acrescentaram impressionantes 9,7 anos às suas vidas. Tênis se destacou como o campeão para uma vida mais longa, seguido de perto pelo badminton (6,2 anos) e futebol (4,7 anos). Esse último vai servir de muito argumento para aquele futebolzinho durante a semana, hein - "estou estendendo minha expectativa de vida"

Para os amantes de esportes individuais, não fiquem tristes, mas um artigo do New York Times, que também menciona um outro estudo do CCHS, revela que praticar esportes de forma social e interativa, como tênis e badminton, pode oferecer benefícios maiores do que atividades solitárias, como corrida, ciclismo e natação. Isso nos leva a pensar na importância de fazer parte de um grupo que se encontra regularmente, o que ajuda a promover apoio, confiança e bem-estar.

Agora, se você quiser mais um motivo para pegar sua raquete e ir para a quadra. Um estudo publicado pelo British Journal of Sports Medicine encontrou que a prática do tênis é benéfica para o equilíbrio e habilidades cognitivas, com implicações para a prevenção de doenças neurodegenerativas. Além disso, outros estudos, como um publicado na revista "Sports Health" em 2015, destacam que o movimento lateral envolvido nesses esportes melhora o equilíbrio e reduz o risco de quedas em adultos mais velhos. A tomada de decisões rápidas e o planejamento tático necessários durante o jogo também estimulam as habilidades cognitivas. Esses benefícios podem estar relacionados à prevenção de doenças neurodegenerativas, como o Mal de Alzheimer. Embora, é claro, mais pesquisas ainda sejam necessárias para estabelecer correlações diretas.

Fonte: https://www.nytimes.com/2018/09/05/well/move/the-best-sport-for-a-longer-life-try-tennis.html