Oura Ring: O Anel com funcionalidades que intimidam a Apple

WIGO - Você se atualizando no mercado de saúde

Imagine um anel que, além de elegante, é um gênio da biometria? Sim, estamos falando do Oura Ring! Enquanto isso, nos bastidores do mundo de materiais médicos no Brasil, a Viveo está traçando estratégias para se estabelecer no Brasil e quem sabe América Latina. E, em nossa incessante busca por bem-estar, o jejum intermitente surge como um intrigante tópico de pesquisa. Nesta edição, vamos explorar a intersecção entre inovação, saúde e ciência. Preparado para uma dose robusta de WIGO conhecimento?

Nesta edição:

  1. 💍Oura Ring: O Anel Inteligente que pode te ajudar a entender sua saúde

  2. 💊Viveo: A Estratégia de Crescimento e Expansão da Gigante de Insumos Médicos

  3. 🧘‍♂️Jejum Intermitente: O que a ciência sabe até agora

Oura Ring: O Anel Inteligente que pode te ajudar a entender sua saúde

Os wearables, ou “tecnologia vestível” tem ganhado destaque no mundo da saúde e bem-estar, e o Oura Ring se destaca como um dos dispositivos mais intrigantes do mercado, com celebridades como Principe Harry, Kim Kardashian, Jennifer Aniston e Gwyneth Paltrow, além de atletas como o surfista Kai Lenny e o jogador de basquete Chris Paul. Diferente dos smartwatches convencionais ou pulseiras fitness que usamos no pulso, o Oura Ring é um anel elegante projetado para oferecer uma infinidade de insights sobre saúde. Mas o que torna o Oura Ring tão fascinante e como ele pode contribuir para um estilo de vida mais saudável?

O Oura Ring vai além de ser apenas um acessório fashion. Apesar de ser um dispositivo compacto, ele possui uma variedade de sensores que rastreiam várias métricas de saúde essenciais:

  • Sono: Não apenas a duração, mas também a qualidade. Ele avalia seu sono REM, sono profundo e eventuais distúrbios durante a noite.

  • Atividade: Não se limita a contar passos, mas também avalia a intensidade e o tipo de atividades físicas diárias.

  • Prontidão: Ao avaliar seu sono e níveis de atividade, o anel fornece uma pontuação diária de 'prontidão', indicando o quanto seu corpo está preparado para desafios físicos e mentais em determinado dia - ou se é um dia para repousar e focar na recuperação.

  • Variabilidade da Frequência Cardíaca (VFC): Uma métrica que tem ganhado maior atenção no mundo da saúde, bem-estar e desempenho esportivo. Contrariamente ao que alguém poderia presumir com base em seu nome, a VFC não se trata de medir a velocidade da frequência cardíaca em si. Em vez disso, foca nas pequenas diferenças de tempo entre batimentos cardíacos sucessivos. Uma VFC mais alta muitas vezes sugere melhor saúde cardiovascular e resiliência ao estresse.

  • Temperatura Corporal: O anel rastreia variações na temperatura noturna, oferecendo insights sobre possíveis preocupações ou mudanças na sua saúde.

Mas ok, e como estes indicadores podem melhorar sua vida? A consciência é o primeiro passo para a melhoria e como diria W. Edwards Deming - "Não se pode melhorar o que não se pode medir". Logo ao monitorar os padrões de sono, por exemplo, pode-se fazer ajustes necessários na rotina antes de dormir, melhorando a qualidade do sono. Um sono de qualidade impacta positivamente vários aspectos da saúde, incluindo funções cognitivas, humor e desempenho físico.

Por outro lado, a pontuação de prontidão pode orientar os usuários sobre quando intensificar os treinos e quando relaxar, otimizando resultados e evitando exaustão. Dados de VFC ajudam a entender os níveis de estresse, indicando quando é preciso implementar técnicas de relaxamento.

Embora o Oura Ring tenha ganhado destaque, ele tem concorrentes. Dispositivos como Fitbit, Garmin e Apple Watch também oferecem uma variedade de métricas de saúde, porém em um formato e precisões diferentes.

WIGO Takeaway: O Oura Ring é mais do que um simples dispositivo "vestível"; ele representa a fusão da tecnologia com a saúde pessoal, destacando-se pela sua discrição e conveniência. Seu design permite que seja usado continuamente sem inconvenientes, fornecendo medições abrangentes que vão desde a Variabilidade da Frequência Cardíaca até padrões de sono. Ao entregar insights personalizados diretamente ao usuário, este anel encoraja uma abordagem mais consciente e proativa da saúde, permitindo que as pessoas estejam mais sintonizadas com suas necessidades corporais e façam ajustes informados em seu estilo de vida. Em suma, o Oura Ring transforma a maneira como percebemos e interagimos com nosso bem-estar, fazendo dele uma inovação revolucionária no mundo da saúde.

A integração de um dispositivo tão compacto em nossa rotina diária, capaz de coletar informações valiosas, nos dá uma visão do futuro do monitoramento da saúde. Acredito que, em breve, o custo desses dispositivos diminuirá significativamente, tornando-os mais acessíveis para todos. À medida que se tornam comuns, negligenciar esse tipo de monitoramento de saúde pode ser visto como imprudente, assim como consideramos arriscado dirigir sem cinto de segurança hoje. Afinal de contas, ambas as práticas têm o potencial de salvar milhares de vidas.

Viveo: A Estratégia de Crescimento e Expansão da Gigante de Insumos Médicos

Em 2 de agosto de 2023, a Viveo, uma renomada distribuidora de insumos médicos, fez um anúncio significativo ao precificar seu follow-on a R$ 21,21 por ação. Este movimento estratégico permitiu à empresa arrecadar um montante impressionante de R$ 1,2 bilhões. Mas, o que isso significa para a Viveo e para o mercado?

A decisão de precificar a ação a este valor representou um desconto de aproximadamente 3% em relação ao valor de negociação da ação quando a oferta foi anunciada em 20 de julho. Esta estratégia atraiu uma demanda robusta, com mais de 50 investidores mostrando interesse e uma demanda total chegando a R$ 3 bilhões em diversos níveis de preço.

A oferta-base da Viveo resultou na arrecadação de R$ 800 milhões, provenientes da venda de 36,6 milhões de novas ações. A DNA Capital, que até então detinha o controle da Viveo, tomou a decisão de exercer 75% do hot issue, vendendo ações no valor de R$ 400 milhões. Isso elevou a oferta total para R$ 1,2 bilhões.

Este movimento da DNA Capital teve um impacto direto em sua participação na Viveo, reduzindo-a de 58% para 44%. Vale destacar que apenas cotistas da gestora venderam ações na oferta, enquanto a família Bueno e executivos da DNA optaram por manter suas posições.

Outros acionistas, como a Dynamo, que já possuía 5,5% do capital da Viveo, decidiram investir além da oferta prioritária. Isso elevou sua participação para entre 6% e 7%. O GIC, por outro lado, manteve sua participação em torno de 14% do capital.

O mercado reagiu positivamente à oferta secundária da Viveo. A empresa projeta que sua liquidez diária aumentará de R$ 4-5 milhões para cerca de R$ 30 milhões. Além disso, a Viveo tem planos ambiciosos para o futuro. Desde seu IPO, realizou 17 aquisições, investindo cerca de R$ 2 bilhões. O CEO, Leonardo Byrro, comunicou ao mercado que 2023 será um ano focado em integrações e captura de sinergias.

Em resumo, a Viveo está se posicionando de forma estratégica no mercado de insumos médicos, buscando fortalecer sua presença e preparar-se para futuras expansões.

WIGO Takeaway: A indústria de insumos médicos está em um momento crucial de consolidação. Comparativamente, a consolidação neste mercado ainda é modesta quando posta lado a lado com outras áreas no mercado da saúde. Nesse contexto, a estratégia de avançar, adquirindo empresas relevantes, é uma estratégia inteligente para firmar uma posição dominante no mercado.

Um dos maiores trunfos no mercado de insumos médicos é a capacidade de reduzir os custos de insumos por meio da economia de escala. Quando uma empresa amplia seus pedidos, seu poder de barganha cresce proporcionalmente. Isso cria um cenário onde empresas menores encontram dificuldades em competir, dada a vantagem de custo que as maiores detêm.

Além disso, observamos uma tendência crescente de empresas brasileiras expandindo suas operações para outros mercados na América Latina. Exemplos notáveis incluem o Dasa na Argentina e o recente levantamento de capital da Cimed com objetivos semelhantes. Na WIGO, nossa análise sugere que a Viveo pode estar alinhando suas estratégias nessa direção. A combinação de consolidação doméstica e expansão internacional pode ser a chave para o próximo capítulo de crescimento da Viveo.

Jejum Intermitente: O que a ciência sabe até agora

O jejum intermitente (JI) se tornou uma prática de saúde, perda de peso e bem-estar amplamente discutida nos últimos anos. Embora o jejum em si não seja uma prática nova, já que tem sido usado por diversas culturas e religiões ao longo dos séculos, o JI ganhou popularidade recentemente como uma abordagem estratégica para a perda de peso, longevidade e otimização da saúde. O neurocientista da Johns Hopkins, Mark Mattson, que estudou o JI por 25 anos, menciona que nossos corpos evoluíram para passar períodos sem comida, remontando aos tempos pré-históricos de caçadores-coletores.

O JI é uma prática que envolve alternar períodos de ingestão de alimentos com períodos de jejum. Não se trata de o que comer, mas sim quando comer. As abordagens mais comuns incluem o método 16/8 (jejum de 16 horas com uma janela de alimentação de 8 horas), o método 5:2 (comer normalmente por cinco dias e reduzir drasticamente a ingestão de calorias por dois dias) e o jejum de 24 horas, realizado uma ou duas vezes por semana. Mattson destaca que, após horas sem comida, o corpo esgota suas reservas de glicogênio e começa a queimar gordura, referindo-se a isso como "mudança metabólica".

Entre os maiores e mais notáveis benefícios para a saúde estão:

  • Perda de peso e controle de gordura corporal: Durante o período de jejum, o corpo usa suas reservas de glicogênio e começa a queimar gordura como fonte primária de energia. Isso pode resultar em perda de peso e redução da gordura corporal.

  • Sensibilidade à insulina: O JI pode melhorar a sensibilidade à insulina, o que reduz o risco de desenvolver diabetes tipo II.

  • Saúde do coração: Há estudos que mostram uma redução nos níveis de colesterol LDL, triglicerídeos e pressão arterial, todos fatores de risco para doenças cardíacas. O JI também mostrou melhorias na pressão arterial e nas taxas cardíacas de repouso.

Além desses benefícios, um dos estudos de Mattson publicado no New England Journal of Medicine revelou que o JI pode levar a uma vida mais longa, um corpo mais magro e uma mente mais afiada. Ele também menciona que muitas coisas acontecem durante o JI que podem proteger os órgãos contra doenças crônicas.

No que diz respeito à recuperação e renovação celular:

  1. Autofagia: Talvez um dos benefícios mais fascinantes do JI seja seu impacto na autofagia, um processo no qual as células "limpam" componentes danificados. Em outras palavras, é como uma "limpeza" celular que pode proteger contra certas doenças, incluindo câncer e doenças neurodegenerativas.

  2. Produção de Hormônio do Crescimento: O JI pode aumentar a produção do hormônio do crescimento humano, que desempenha um papel vital na saúde, crescimento e recuperação celular.

  3. Redução do Estresse Oxidativo: O JI pode melhorar a capacidade do corpo de resistir ao estresse oxidativo, que está ligado ao envelhecimento e muitas doenças crônicas.

Estudos também mostraram que o JI melhora a memória de trabalho em animais e a memória verbal em humanos adultos. Homens jovens que jejuaram por 16 horas mostraram perda de gordura enquanto mantinham a massa muscular.

No entanto, como sempre, é essencial lembrar que o JI não é adequado para todos e pode ter efeitos colaterais. É crucial consultar um médico antes de iniciar o JI, especialmente para determinados grupos, como crianças e adolescentes menores de 18 anos, mulheres grávidas ou amamentando, e pessoas com diabetes tipo 1. Antes de iniciar qualquer regime de jejum, é crucial consultar um profissional de saúde para garantir que seja uma escolha segura e adequada para você.

WIGO Takeaway: Em nossa busca contínua por saúde e bem-estar, muitas vezes descobrimos que são as mudanças simples e consistentes de hábitos que fazem a verdadeira diferença. Seja na escolha consciente dos alimentos, na dedicação à atividade física regular, na decisão de não fumar ou na moderação do consumo de álcool. Não há uma fórmula mágica ou um único caminho para a saúde ideal.

O jejum intermitente, que tem ganhado destaque recentemente, é um exemplo disso. Embora apresente benefícios potenciais, como melhoria na sensibilidade à insulina e promoção da autofagia celular, é importante entender que ainda estamos nos estágios iniciais de compreensão de seus reais efeitos e implicações. A ciência ainda tem muito a explorar e a descobrir sobre como o jejum atua no corpo humano a longo prazo.

Portanto, enquanto o jejum pode ser uma ferramenta valiosa para alguns, não é o elixir milagroso para todos. É essencial abordar tais práticas com equilíbrio, informação e, sempre que possível, sob orientação profissional. Afinal, a verdadeira jornada para a saúde não é feita de atalhos, mas de escolhas informadas e consistentes ao longo do tempo.

 

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