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Se eu fosse você, começaria a meditar e usar um wearable agora mesmo!

Descubra como a meditação pode ser uma aliada poderosa na prevenção e tratamento do Alzheimer e de outras demências, mergulhe no universo da Whoop Band e saiba por que este dispositivo sem tela está ganhando adeptos. Além disso, trazemos uma análise profunda sobre a recente crise nas HealthTechs e o porquê do funding no setor ter atingido sua mínima histórica em 2023.
Nesta edição:
🧘Meditação como Prevenção e Tratamento do Alzheimer e de Outras Demências
🗃️Whoop Band - Por que você deveria usar este dispositivo sem tela?
📉Crise nas HealthTechs: Funding no setor atinge mínima histórica em 2023
Meditação como Prevenção e Tratamento do Alzheimer e de Outras Demências

A doença de Alzheimer e outras formas de demência representam um grande desafio para a saúde pública global, afetando milhões de idosos, incapacitando pessoas e gerando uma enorme peso financeiro e mental para as suas famílias. Embora ainda não exista cura, crescentes evidências científicas sugerem que a prática regular da meditação pode auxiliar na desaceleração do declínio cognitivo e minimizar os impactos debilitantes dessas condições neurodegenerativas.
Combate aos Mecanismos da Doença:
Estudos demonstram que a meditação combate mecanismos biológicos ligados ao desenvolvimento do Alzheimer, tais como estresse oxidativo, inflamação neurogênica e degeneração neural. Além disso, ela estimula a produção de novoneurônios, importante para a neuroplasticidade e a renovação celular.
Efeito Anti-aging:
Um estudo da Universidade da Califórnia em Los Angeles com 50 meditadores e 50 adultos controle, todos com idades entre 24 e 77 anos, evidenciou que os cérebros dos meditadores pareciam em média 7 anos mais jovens que sua idade cronológica. Isso sugere um notável "efeito anti-idade" associado à prática regular da meditação.
Outra pesquisa demonstrou que idosos com risco aumentado de Alzheimer que meditaram por apenas 12 minutos diários apresentaram significativa melhora na memória e funções cognitivas já após 3 meses. E os benefícios se intensificaram após 6 meses de prática meditativa.
Evidências em Pacientes com Alzheimer:
Um ensaio clínico conduzido no Centro Médico Beth Israel, em Boston, com 14 pacientes, dividiu os participantes em dois grupos. O primeiro recebeu apenas o tratamento médico convencional. O segundo foi orientado a praticar meditação e ioga por 2 horas semanais. Após 12 semanas, o segundo grupo demonstrou menos atrofia cerebral e maior conectividade entre regiões cerebrais.
Outro estudo, dessa vez com duração de 6 meses, envolvendo pacientes com Alzheimer leve e comprometimento cognitivo leve, constatou aumento nos valores de espessura cortical e volume de substância cinzenta em áreas relacionadas à cognição após a prática regular de meditação. Isso sinaliza que a meditação pode ajudar a retardar a progressão da doença.
Portanto, embora mais pesquisas sejam necessárias, a meditação surge como uma promissora estratégia não farmacológica para complementar o arsenal terapêutico contra o Alzheimer e outros tipos de demência. Por ser uma prática simples, de baixo custo e sem efeitos colaterais significativos, ela possui grande potencial para auxiliar milhões de pacientes e familiares que atualmente convivem com essas doenças.
WIGO Takeaway: Em um mundo repleto de evidências científicas que atestam os benefícios da meditação, desde a melhoria da saúde mental e do foco até impactos comprovados na redução do envelhecimento cerebral e mudanças anatômicas e de neurotransmissores, ignorar essa prática é como optar por não usar cinto de segurança no carro. Você está conscientemente escolhendo ignorar uma ferramenta mais do que comprovada que ajuda a melhorar sua saúde no longo prazo.
Assim como as atitudes em relação ao tabagismo mudaram ao longo das décadas, à medida que mais informações sobre seus perigos se tornaram disponíveis, a meditação está destinada a ser o inverso do tabagismo no futuro. As pessoas daqui a 20 anos provavelmente se perguntarão: "Como as pessoas no passado não meditavam? Que absurdo!"
Outro exemplo que reforça essa ideia é o livro "Tools of Titans" de Tim Ferriss, onde mais de 80% dos entrevistados de alta performance praticam meditação. Se pessoas que são consideradas os "titãs" em suas respectivas áreas veem valor na meditação, por que você não veria?
Se você ainda está hesitante em incorporar a meditação em sua rotina diária, considere isto: fazer atividade física também pode ser chato e até desagradável no início, mas é uma necessidade para a saúde do corpo. Da mesma forma, a meditação é uma "necessidade" para a saúde mental e emocional. Portanto, se você ainda não adotou essa prática, está na hora de reconsiderar. A verdadeira jornada para o bem-estar não é feita de atalhos ou modismos, mas de escolhas informadas e consistentes que você faz todos os dias para melhorar sua qualidade de vida.
Fonte: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6008507/ https://www.frontiersin.org/articles/10.3389/fnhum.2021.728993/full https://www.alzheimers.net/2013-11-25-how-meditation-can-slow-alzheimers
Whoop Band - Por que você deveria usar este dispositivo sem tela?

Continuando nossa série sobre wearables e tecnologia voltada para saúde e bem-estar, hoje mergulhamos em um outro player desruptivo do mercado: o Whoop Band.
Como apontado anteriormente, o mundo dos wearables tem visto uma evolução constante, e o Whoop Band emerge como uma solução inovadora nessa esfera, especialmente quando falamos de saúde, bem-estar e performance atlética. Atletas profissionais, incluindo LeBron James, Michael Phelps e Patrick Mahomes, já expressaram seu apreço pelo dispositivo. Ao contrário de outros wearables, o Whoop Band não é apenas um rastreador de atividades, mas um sistema holístico de otimização de desempenho. Mas o que faz deste dispositivo um diferencial?
Whoop Band: Muito além do rastreamento:
Recuperação: O Whoop Band não se limita a mostrar quantas horas você dormiu. Ele analisa a eficácia do seu sono, levando em conta aspectos como a Variabilidade da Frequência Cardíaca (VFC), ritmo cardíaco e movimentos durante o sono. Com base nesses dados, o dispositivo oferece um score de recuperação, orientando sobre como você pode otimizar seu dia com base em como seu corpo se recuperou durante a noite.
Esforço Diário: Enquanto muitos wearables rastreiam a atividade, o Whoop Band vai mais longe ao calcular uma pontuação de esforço com base na intensidade e duração de suas atividades físicas, permitindo que você saiba se está se esforçando demais ou se ainda tem margem para se desafiar.
Jornal de Saúde: O dispositivo permite que os usuários insiram dados sobre comportamentos e atividades diárias, como ingestão de cafeína, consumo de álcool, tipos de treino e estresse percebido, para compreender melhor como certos comportamentos impactam o bem-estar.
Por que isso é revolucionário?
A jornada para uma saúde e desempenho ótimos começa com a compreensão. O Whoop Band se destaca não apenas por rastrear métricas, mas por interpretá-las de uma maneira que faça sentido para o usuário. Saber quando você precisa de um descanso ou quando é o momento ideal para um treino intenso pode ser a diferença entre atingir seus objetivos e se esgotar.
Por exemplo, entender sua pontuação de recuperação pode permitir que você evite treinos intensos quando seu corpo ainda não está recuperado, reduzindo o risco de lesões e otimizando a eficácia do treino. O esforço diário, por sua vez, garante que você não fique aquém ou ultrapasse seus limites.
Claro, o Whoop Band tem seus competidores. Muitos wearables, como o já citado Oura Ring, Fitbit e Apple Watch, estão no mercado oferecendo rastreamento de saúde e bem-estar. No entanto, a abordagem do Whoop de integrar o rastreamento com conselhos personalizados com base na própria fisiologia do usuário o coloca em uma categoria única.
Em suma, enquanto a tecnologia vestível continua a evoluir, o Whoop Band oferece uma abordagem personalizada e orientada por dados para otimizar saúde e desempenho, tornando-o um recurso valioso para atletas e entusiastas do fitness.
WIGO Takeaway: A proliferação e popularidade de dispositivos wearables, especialmente aqueles voltados para saúde e bem-estar, como o Whoop Band e o Oura Ring, trazem vários insights interessantes sobre o mercado e as tendências de consumo:
Valorização da Saúde e Bem-Estar: A crescente demanda por wearables de saúde sugere uma conscientização cada vez maior sobre a importância da saúde e bem-estar. As pessoas estão mais interessadas em compreender e otimizar seu bem-estar geral.
Personalização: Com dispositivos oferecendo insights personalizados com base na fisiologia e atividade do usuário, fica evidente a importância da personalização. Os consumidores desejam soluções que atendam às suas necessidades individuais, em vez de recomendações genéricas.
Dados Conduzem Decisões: A era da informação está em pleno vigor. Dispositivos que coletam e interpretam dados para fornecer feedback acionável estão em alta demanda. A capacidade de traduzir métricas complexas em insights compreensíveis e acionáveis é crucial.
Design e Estética: Não basta que os dispositivos sejam funcionais; eles também precisam ser esteticamente agradáveis. O Oura Ring, por exemplo, combina tecnologia com uma estética elegante, demonstrando que os consumidores valorizam produtos que combinam função e forma.
Integração: A capacidade de integrar wearables com outros aplicativos e sistemas é cada vez mais importante. Seja sincronizando dados de saúde com aplicativos de nutrição ou integrando-se a plataformas de treinamento, a interconectividade eleva o valor de um dispositivo.
Privacidade: Com a coleta de uma grande quantidade de dados de saúde e pessoais, surgem preocupações com a privacidade. Os fabricantes precisam garantir que a segurança e a privacidade dos dados dos usuários sejam priorizadas e transparentes.
Modelos de Negócios Inovadores: O modelo de assinatura adotado pela Whoop destaca-se como uma abordagem inovadora no mercado de wearables, demonstrando que os fabricantes estão explorando novos métodos para fornecer valor contínuo aos seus clientes.
Educação é Essencial: Com métricas avançadas, como a Variabilidade da Frequência Cardíaca (VFC), sendo introduzidas ao mainstream, há uma necessidade de educar os consumidores.
Essas tecnologias trazem um hype de que se usarmos fará toda a diferença na nossa performance seja de vida ou no esporta, porém devemos considerar a possibilidade de "moda passageira". Apesar de inicialmente cativarem o público com promessas de melhorias na saúde e no bem-estar, esses dispositivos enfrentam o desafio de prover valor contínuo e duradouro aos usuários. Sem isso, correm o risco de serem relegados à obscuridade, tipo o destino de balanças de banheiro, que, embora súper úteis, frequentemente acabam esquecidas em um canto escuro do banheiro. A manutenção do interesse do usuário e a capacidade de adaptação às necessidades em mudança serão cruciais para evitar que esses wearables se tornem apenas mais uma moda passageira e se tornem menos relevantes com o tempo.
Em conclusão, a ascensão dos wearables de saúde reflete as mudanças nas prioridades e interesses dos consumidores. Eles estão buscando maior controle sobre sua saúde e bem-estar, impulsionados por insights baseados em dados, e desejam produtos que se integram harmoniosamente às suas vidas diárias.
Por fim, pensando em um futuro proximo, nossa aposta é de que os custos destes wearables vão ser reduzidos a ponto de não se tornarem mais uma barreira, com isso, medir a sua saúde em tempo real, deve se tornar tão habitual quanto o uso de cinto de segurança, bem como, o não uso de um destes dispositivos tão insano quanto dirigir sem a devida segurança.
Crise nas HealthTechs: Funding no setor atinge mínima histórica em 2023

Recentemente, a consultoria CB Insights publicou um relatório apontando uma expressiva desaceleração nos investimentos em healthtechs durante o segundo trimestre de 2023. Os números mostram que as startups de saúde digital captaram US$ 3,4 bilhões em 348 rodadas entre abril e junho, uma queda de 3% em relação ao primeiro trimestre. Além disso, este é o menor volume de aportes no setor desde o terceiro trimestre de 2017.
O número de negócios também sofreu retração, atingindo o menor patamar desde o segundo trimestre de 2015.
Especialistas atribuem essa retração a diversos fatores. O arrefecimento da pandemia de Covid-19 fez os investidores adotarem uma postura mais conservadora em relação às startups de saúde digital, depois de anos de freneíticos aportes durante o auge da crise sanitária. Somam-se a isso as incertezas trazidas pelo cenário macroeconômico global, com inflação crescente, guerra na Ucrânia e riscos de recessão, que reduziram o apetite por investimentos de risco.
A despeito desse cenário desafiador, analistas acreditam que healthtechs com modelo de negócio consistente e em estágio avançado de operação ainda poderão atrair novos aportes. Já startups em fase inicial e sem tração comprovada tendem a enfrentar maiores dificuldades de captação.
De qualquer forma, os tempos de cheques fartos e valuations absurdos parecem ter ficado para trás. As healthtechs que buscam novas rodadas precisarão mostrar a investidores serviços maduros e resultados concretos. Execução precisa e eficiente será fundamental para garantir aportes em um ambiente de maior seletividade.
Portanto, embora a inovação na área da saúde digital permaneça em alta, os players deste mercado terão que se adaptar à nova realidade, mais desafiadora. As healthtechs que conseguirem provar seu valor e tração mesmo neste cenário de escassez se destacarão e têm maiores chances de superar a presente turbulência.
WIGO Takeaway: Em um ambiente econômico de altas taxas de juros e incertezas, os investimentos em capital de risco (venture capital), sobretudo em health techs por não serem um mercado fundamentalmente sexy pelos seus retornos em um prazo mais longo em comparação a outras industrias, enfrentam um período de intensa retração.
Este cenário, embora desafiador, serve como um filtro natural para o setor, eliminando empresas com modelos de negócio menos sustentáveis e permitindo que aquelas mais maduras e/ou com solidez financeira emergam mais fortalecidas.
Estas períodos cíclicos de crise funcionam como uma limpeza de mercado que ressoa com a observação de Warren Buffett de que "você só descobre quem está nadando pelado quando a maré abaixa." Pois é, a atual maré está baixa o que pode, paradoxalmente, criar oportunidades para health techs bem posicionadas, com modelos de negócio sólidos e quem está nadando pelado é obrigado a sair da piscina.
Se você tiver alguma sugestão ou informação que acha que pode ser publicada nos envia um e-mail para [email protected]
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